Os japoneses tem uma forma de cumprimento diferente dos ocidentais. Nada de aperto de mão ou “beijinhos”. No Japão, a forma mais comum de cumprimento é a reverência oriental, conhecida como ojigi, que significa literalmente “arco”.
Acredita-se que esta reverência passou a ser usada em algum momento durante os períodos Asuka e Nara (538-794 dC) com a introdução do budismo chinês. O “ojigi” vai além de um simples “olá” e “tchau”, ela demonstra respeito, perdão e gratidão. Assim, um japonês curva-se ao cumprimentar alguém, mas também quando quer agradecer uma pessoa ou ainda, pedir desculpas.
Além de demonstrar respeito, gratidão e perdão, a reverência é um sinal de submissão, de respeito a idosos ou a pessoas que têm uma posição mais elevada de status social. Na cultura japonesa, é recomendado que a pessoa mais jovem ou subordinado curve-se primeiro, mais baixo e mais longo. O contato visual durante o “ojigi” não é aconselhado pois é considerado indelicado.
Tipos de “ojigi” ou curvaturas
O grau do ângulo em que uma pessoa se curva está relacionado com a profundidade de respeito que a pessoa quer demostrar em relação à outra com quem está interagindo.
Keirei (para cumprimentar amigos e familiares): Ao se encontrar ou se despedir, as pessoas devem inclinar o tronco em 45 graus.
Kirei (de joelhos): Muito utilizada no passado, caiu em desuso nas últimas décadas. A saudação, adotada tanto em ambientes internos quanto na rua, era realizada a partir de uma postura chamada kiza, em que a pessoa fica de joelhos.
Eshaku (cordialidade): Tem inclinação de 15 graus e é praticado o tempo todo. Serve, por exemplo, para agradecer ao sair de um restaurante.
Saikeirei (saudação ao rei): Até o fim da Segunda Guerra Mundial, era utilizada para louvar o imperador, com um arco de 75 graus.
Dogeza (perdão por uma falta grave): É uma saudação profunda, ao qual o homem fica de joelhos e encosta a testa no chão.
Fontes: Animazon, Japão em Foco