O banho de floresta, ou shinrin-yoku, em japonês, é uma espécie de terapia florestal que consiste basicamente em ir para uma área de floresta ou mesmo um parque e passar algum tempo em contato com a natureza. A técnica foi desenvolvida no Japão, em 1982, por iniciativa da Agência Florestal do governo japonês, que buscava encorajar as pessoas a saírem de casa e passarem algum tempo imersas na natureza.
Benefícios
Inicialmente baseado no senso comum de que o ar fresco e a imensidão de uma floresta fazem bem ao corpo e à mente, o banho de floresta logo começou a ser estudado e seus benefícios não tardaram a se comprovar. O médico Yoshifumi Miyazaki, da Universidade de Chiba, no Japão, estuda o shinrin-yoku desde 1990 e, junto com outros pesquisadores, comprovou os benefícios da terapia florestal. Os resultados da pesquisa aprofundada, publicados em 2009, mostram que o contato com ambientes florestais reduziu em 13% a concentração de cortisol no sangue das pessoas analisadas, em 2% a pressão sanguínea e em 18% a atividade do sistema nervoso simpático, responsável pelas respostas involuntárias a situações de perigo e estresse, além de uma diminuição de 6% na frequência cardíaca. Os dados foram acompanhados por uma melhora de 56% na atividade do sistema nervoso parassimpático, que responde a situações de calma, indicando um relaxamento biológico.
Como fazer
Praticar o banho de floresta japonês é muito simples, mas exige empenho do participante. A técnica propõe uma experiência meditativa, de silêncio, observação e trocas entre a pessoa e a natureza, sendo formada por exercícios muito semelhantes aos que mais tarde foram adotados pelas linhas de meditação mindfulness, como a observação detalhada de pequenos objetos, a caminhada lenta e com a atenção focada nos movimentos e a tentativa consciente de ampliar a percepção dos sentidos.
O ideal é que a terapia florestal seja realizada de forma individual e sem interferências. Procure um ambiente natural tranquilo, vá sozinho e fique em silêncio ou, se for em grupo, combinem de só conversar ao final da experiência.
Assista o vídeo:
Fonte: Ecycle